Começo esse post, dizendo: SUCESSO NÃO É SINÔNIMO DE QUALIDADE.
Por que estou dizendo isso?
Por que hoje irei falar da série Crepúsculo, que esse ano nos torturou apresentou sua terceira adaptação para os cinemas, com sua continuação “Eclipse”.
(o photoshop aqui está pesaaaado)
Bem, o que eu posso falar? Para começar, o título do filme faz tanto sentido quanto seus antecessores. Não tem nenhum ecplise durante o filme todo – assim como lua nova não tem nenhuma lua nova, e se Crepúsculo tiver algum crepúsculo, deixem um comentário ai embaixo , dizendo em que parte acontece, por que eu não vou passar pela tortura de ver aquele lixo outra vez – mas isso já era de se esperar, já que ter algum sentido, não é uma característica fundamental .
Uma característica do filme é passar alguns valores que seriam interessantes, se logo depois não fossem contraditos. Edward pede Bella em casamento, mas ela não quer se comprometer com ele tão cedo, pois hoje em dia, duas pessoas que saíram da adolescência a tão pouco tempo casarem é, como a própria personagem diz, um modo de dizer “estou grávida”. Seria ótimo essa mensagem, por que assim, adolescentes não iriam ceder a pedidos de casamento tão cedo, iriam atrás de suas carreiras, de construir uma vida, antes de terem filhos ou se casarem. Mas, como a série é um enorme clichê de romance totalmente ultrapassado, Bella acaba por aceitar o casamento.
E por que Edward insiste tanto no casamento? Por dois motivos.
1º Ele precisa ter certeza de que Bella não o trocará por Jacob. Tendo a garota sob seu controle, ele poderá impor mais regras do que já impõe, e Bella, como uma ótima cachorrinha, obedece.
2º Após o casamento, Edward irá transformar Bella em “vampira”. Esse é mais um modo de Edward estar no controle, já que ele é o poderoso, e Bella é a mulher fraca, que só terá o que quiser, se ceder.
Bella não tem nenhum traço marcante, e é praticamente uma personagem neutra – e ainda assim a história gira em torno dela – e por isso , Kristen Stewart não tem nenhum problema em interpreta-la. Kristen, do começo ao fim não passa emoção nenhuma, não tem química com quase nenhum parceiro de cena. A única exceção é a atriz que interpreta sua mãe, Reneé, onde vemos um pouco de relação de mãe e filha, que é uma cena que vale a pena do filme.
Pattison melhorou em sua atuação. Não está digna do oscar nem nada, mas agora, a cara de dor que ele nos mostra, está mais para quem está tendo uma diarreia, do que alguém que está fazendo cocô. Além da falta de expressão, Edward, até onde eu percebi, não está mais brilhando no sol. O motivo eu não sei, vai ver que a verba do filme não estava tão alta. Acho que investiram quase tudo em maquiagem de terceira categoria substituindoadequintadosdoisprimeirosfilmes e nos efeitos ridículos da cena de luta, e esqueceram de jogar a purpurina no pobre mutante... quero dizer, vampiro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKdMhu03Co57sPLjvNG8pKQI16KXq6_yixjXstR-28GWVHi-q6OUXX2PgsnFRwSOSuZdr481vjR74BlqDzyrshTRTiyCjnae3MYCvr2bfgHHxhLBpJ86_dC1F6kDag-dLRq55RYv147BM/s200/Jessica-Eric-Angela-Mike.jpg)
Após a conversa sobre o discurso, Alice e Jasper sentam-se a mesa, e, a família que não queria se enturmar, irá dar uma festa. E PIOR, Jasper, o estudante com mais cara de bosta do filme todo, faz uma piada. Desde quando aquele personagem que está sempre se segurando para não devorar cada pessoa ao seu redor - isso é só a idéia que o primeiro filme trás, por que a atuação do rapaz não demonstra isso nunca – começou a brincar? Mais uma contradição, só que dessa vez, de quem roteirizou o filme.
Contrapondo as atuações ruins de seus colegas, Taylor Lautner, tem uma boa performance. O rapaz parou de atuar tanto com seu tanquinho, e demonstrou ter o mesmo talento dos tempos de Sharkboy, mas todo seu talento vai ralo a baixo, quando ele tem que tentar mostar que está afim de Bella.
E falando de atuações superiores ao casal principal, não posso deixar de falar da atuação de Julia Jones, como Leah Cleawather. Ela aparece muito pouco, mas consegue passar o mesmo que a Leah dos livros passa. Leah pode chegar a dar raiva nos fãs, mas para uma pessoa totalmente contra a saga como eu, ela é incrível. A garota não acredita no amor, após o namorado a trocar pela prima por causa de seu "imprint". E, para se vingar, ao se tornar a unica loba da história toda, Leah decide infernizar seu bando.
O filme gira em torno de um triângulo amoroso, o perigo que Victória é e a volta dos Volturi. E aqui vamos ter mais um problema. Por falta de química, o triângulo é cansativo, e só agrada garotas ingênuas. Victória e sua gangue demonstram ser tão eficazes quanto um prego martelando um martelo. E os Volturi demoram DEMAIS para agir contra os recém-criados. O que mostra mais uma contradição, pois a família de vampiros italiana, ao ter algo que arrisca a exposição de sua existência, deveria agir imediatamente. Ainda mais depois de tantos recém-criados surgirem.
A família de Edward novamente está ali para aparecer na foto. Tirando Alice e Jasper, os outros estão quase que totalmente como figurantes, mostrando como a série não sabe aproveitar uma das personagens boas que tem na família; Rosalie. A loira conta a história de quando ainda era humana, e é mais um momento que vale a pena no filme. Eu estou contando, e até agora temos três.
A cena da batalha chega a ser ridícula. Não sei quanto investiram nos efeitos, mas precisava de muito mais. Onde está o sangue? Por que o corpo deles parecem feitos de gesso, quando estão destroçados? E por que eles não estão se refazendo? Se tem algo que vale a pena nessa luta, é a atriz que faz Bree Turner. Ela foge a luta toda, e então, quando parece que irá ter uma participação boa, morre na mão dos Volturi. Apropósito, eles finalmente decidiram agir, mas tarde demais. Pontualidade não parece ser algo que os personagens dessa série apreciam.
Agora vamos para a cena a mais pérola do filme. O QUE FOI AQUELA MORTE DA VICTÓRIA? Você sabe que aquilo não é real, mas se fosse feito do jeito certo, poderia dar a impressão que é. O Edward rasga um pouco do pescoço dela, e ela cai no chão E A CABEÇA SAI DO CORPO! CARA, A CABEÇA SAI DO CORPO! Me corrijam se eu estiver errado, mas os vampiros de Crepúsculo podem se refazer, se estiverem em pedaços não é? E por que isso não aconteceu? Fora que chega a ser ridículo a falta de técnica cinematográfica nessa cena, pois os olhos da cabeça decepada de Victória variam. Às vezes fechados, às vezes abertos.
Mas calma, que a pérola vem agora: Edward, após dar uma mordidinha no pescoço de Victória e matá-la(Quem precisa de estacas quando se tem dentes?), acende um isqueiro, joga-o no corpo da mulher E ELA PEGA FOGO INSTANTANEAMENTE!
Isso é jogar na cara dos fãs que eles são burros! Que eles aceitam qualquer coisa que a produtora impor. Por que todos sabemos que não é só tacar fogo em algo e pronto, teremos uma fogueira enorme.
O filme Eclipse consegue superar o seus antecessores na incapacidade da maioria dos atores, em seus efeitos dignos da novela Mutantes e de seus erros perceptíveis a qualquer olho crítico. E o pior, é que existem pessoas que acham que é o melhor filme de 2010 e que nada vai superar essa bola gigantesca de cagadas.
A parte boa, é que só falta a adaptação do ultimo livro dessa série, e aí acaba. A parte ruim, é que o filme será dividido em duas partes por que quiseramcopiarHarryPotter segundo a produtora, eles querem finalizar a história, fazendo uma adaptação mais fiel possível ao livro.
Pois é, Eclipse é de doer os olhos e fazer um telespectador inteligente morrer de rir. Se a adaptação de Eclipse, o menos ruim da saga, já foi a piada do ano, Amanhecer, o livro que mais parece uma fanfic ruim, como Ledo Engano, vai ser a comédia do século, capaz de superar o filme que está satirizando a série. Deixo aqui minha dica, se é que alguém ainda não viu:Os vampiros que se mordam!
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